MAZELAS DA JUSTIÇA

Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

ARCEBISPO METROPOLITANO ATACA O JUDICIÁRIO

POLÊMICA NA MATRIZ. Dadeus ataca o Judiciário. Condenado em ação em São Paulo, bispo da Capital chama magistrados de corruptos e arbitrários - LÉO GERCHMANN, ZERO HORA 01/11/2011

Na sala onde o papa João Paulo II despachou quando esteve em Porto Alegre, em 1980, e dando à ocasião a solenidade de “anúncio de um ato relevante”, o arcebispo metropolitano, Dadeus Grings, fez uma declaração de guerra ao Poder Judiciário, a quem classificou de “corrupto e arbitrário”. O motivo que gerou a reação: dom Dadeus está contrariado com decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que o condenou, quando liderava a diocese de São João da Boa Vista (SP), a pagar indenização de R$ 940 mil a uma família de Mogi Guaçu (SP). Adiantou que não vai cumprir a decisão.

– O problema da corrupção no Brasil tem sua base exatamente ali, no Judiciário. Todos sabem disso, mas poucos têm coragem de denunciá-lo. Nossa presidente começou a faxina no Executivo. Quando será a vez do Judiciário, onde o problema é mais grave? – pergunta o arcebispo.

Dom Dadeus chamou representantes da sociedade para seu pronunciamento. Sua primeira frase foi o anúncio de que “chegou ao fim mais um capítulo da agressão do Judiciário contra a Igreja Católica”.

Em seguida, exaltou-se ao dizer:

– Não posso, por coerência e dever de consciência, acatar essa sentença inválida e desrespeitosa, porque contraria aos requisitos do direito nacional e internacional, como intromissão – e não é a primeira – nos assuntos internos da Igreja. Estou disposto a dar a vida por essa causa.

Religioso diz que escreverá cartilha sobre Judiciário

Era visível o impacto causado pela manifestação, de 18 minutos, nas pessoas que o acompanhavam. Alguns ficaram preocupados com a repercussão que o fato poderá tomar. Ainda assim, dom Dadeus continuou em sua prédica contra o Judiciário:

– Vê-se que os juízes estão desligados da realidade. Os ministros da Igreja Católica não recebem salários polpudos, como eles, nem amealham fortunas.

O arcebispo adiantou que escreverá uma “cartilha” sobre o tema:

– Diante da gravidade do assunto, escreverei nova cartilha para apontar as mazelas do Judiciário e assim colaborar na urgente reforma. Ou o Brasil muda o Judiciário, ou o Judiciário acaba corrompendo o Brasil.

Sentença exige pagamento de R$ 940 mil a advogados

A passagem de uma avenida por terrenos onde havia uma série de casas na cidade de Mogi Guaçu (SP) levou o então bispo de São João da Boa Vista, Dadeus Grings, a reclamar dos valores que ele considerou excessivos para indenizações pagas pelo município por determinação judicial.

O religioso conta que foi procurado pela prefeitura e por fiéis inconformados com os valores considerados altos. Escreveu, então, o artigo “Judiciário arrasa Mogi Guaçu”, contra as indenizações.

Os Bueno, uma das famílias beneficiadas pela indenização, encaminharam ao religioso uma carta, que foi respondida por Dadeus. O bispo escreveu que não havia problema em recorrer à Justiça reclamando direitos, mas entendia que os advogados deles “não agiam com lisura”.

Consequência dessa observação: os advogados entraram com queixa-crime de calúnia, difamação e injúria contra dom Dadeus. O bispo não contestou nem se retratou. Passou a escrever novos artigos criticando os advogados – no processo, consta que ele fazia citações e insinuações de que eles pagariam no “inferno”.

Os três advogados entraram com ação por danos morais contra dom Dadeus e a diocese de São João da Boa Vista. Em 18 de outubro, dom Dadeus e a diocese foram informados de que terão de pagar indenização de R$ 940 mil aos três autores da ação. Dom Dadeus, sozinho, terá de pagar cerca de R$ 500 mil

Isto é dom Dadeus

BRIGA COM A JUSTIÇA - Uma breve antologia das brigas e celeumas do arcebispo
- O artigo não media palavras: Deus nos Livre dos Advogados.
– O grande problema é que se formaram advogados demais, e eles não têm o que fazer – disse em 2000.

A CONDENAÇÃO - Em 2002, a juíza Andréia do Amaral concedeu liminar a um católico, obrigando a paróquia a realizar um casamento vetado pelo padre. Revoltado, dom Dadeus escreveu um artigo em que definia a decisão como “ignorância supina”. Foi condenado a pagar multa de 84 salários mínimos.

SOCIEDADE PEDÓFILA - Virou notícia no mundo inteiro ao afirmar a jornalistas que a “a sociedade é pedófila” e que “o adolescente é espontaneamente homossexual”.

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