MAZELAS DA JUSTIÇA

Neste blog você vai conhecer as mazelas que impedem a JUSTIÇA BRASILEIRA de desembainhar a espada da severidade da justiça para cumprir sua função precípua da aplicação coativa das leis para que as leis, o direito, a justiça, as instituições e a autoridade sejam respeitadas. Sem justiça, as leis não são aplicadas e deixam de existir na prática. Sem justiça, qualquer nação democrática capitula diante de ditadores, corruptos, traficantes, mafiosos, rebeldes, justiceiros, imorais e oportunistas. Está na hora da Justiça exercer seus deveres para com o povo, praticar suas virtudes e fazer respeitar as leis e o direito neste país. Só uma justiça forte, coativa, proba, célere, séria, confiável, envolvida como Poder de Estado constituído, integrada ao Sistema de Justiça Criminal e comprometida com o Estado Democrático de Direito, será capaz de defender e garantir a vida humana, os direitos, os bens públicos, a moralidade, a igualdade, os princípios, os valores, a ordem pública e o direito de todos à segurança pública.

quarta-feira, 20 de março de 2013

AJUFE E OAB REAGEM À BARBOSA


Ajufe diz que Barbosa namora advogada e não pode generalizar sobre conduta de juízes. A imprensa divulgou que o ministro tem uma namorada advogada. Como é que fica isso?’, diz presidente da associação


VINICIUS SASSINE
O GLOBO
Atualizado:20/03/13 - 9h25


BRASÍLIA - A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) rebateu as declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que denunciou haver um “conluio” entre juízes e advogados, em sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para o presidente da Ajufe, Nino Oliveira Toldo, Joaquim exagerou na afirmação e fez uma generalização a partir de um único caso.

— A imprensa divulgou que o ministro tem uma namorada advogada. Como é que fica isso? — questiona Nino.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado, disse que até “amantes” precisam ser punidas em casos de “relações promíscuas” entre juízes e advogados.

— A ouvidoria da OAB está à disposição do ministro Joaquim Barbosa e de quem quer que seja para denunciar casos de lobby envolvendo advogados. A Ordem é contra qualquer tipo de relações promíscuas e tem seu Código Ético Disciplinar para ser aplicado nesses caso, não importa quem seja: advogados, filhos de advogados, parentes e até amantes — afirma o presidente da OAB, numa resposta encaminhada por sua assessoria de imprensa.

A Secretaria de Comunicação Social do STF disse que Joaquim não comentaria as declarações com referência à sua namorada. O presidente da Ajufe deu outro exemplo que, segundo ele, mostra a generalização da crítica de “conluio” entre juízes e advogados:

— Eu sou casado com uma advogada. Agora eu tenho de me separar da minha mulher?

Para Nino, juiz federal em São Paulo, a generalização é um “equívoco” e uma “injustiça”.

— Os juízes se formam em faculdades de Direito e ali fazem amizade para a vida toda. Outra coisa: mandar jornalista chafurdar no lixo também não é um exagero? — questiona o juiz, em referência ao episódio em que Joaquim se irritou com um repórter do jornal “O Estado de S. Paulo” e o mandou “chafurdar no lixo”. No mesmo dia, o ministro se desculpou pelo episódio.

Entidades representativas dos magistrados estão em rota de colisão com o presidente do STF. A Ajufe, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) divulgaram uma nota conjunta, no último dia 2, para rebater uma outra crítica de Joaquim. Em entrevista a veículos estrangeiros, o ministro disse que os juízes brasileiros têm mentalidade “pró-impunidade”. “Causa perplexidade aos juízes brasileiros a forma preconceituosa, generalista, superficial e, sobretudo, desrespeitosa com que o ministro enxerga os membros do Poder Judiciário brasileiro”, rebateu a nota.

A criação de quatro Tribunais Regionais Federais (TRFs) também coloca Joaquim em rota de colisão com os juízes federais. O presidente do STF critica a proposta e aponta “inchaço” no Judiciário. Os magistrados encampam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 544, de 2002, aprovada no Senado e em primeiro turno na Câmara. Pela proposta, seriam criados quatro tribunais, com sedes em Belo Horizonte, Salvador, Curitiba e Manaus.

- Afirmar que a Justiça Federal está inchada é desconhecer a Justiça Federal. Os novos tribunais são necessários para eliminar o congestionamento de processos – diz o presidente da Ajufe.

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